O e-commerce brasileiro cresce a passos largos ano a ano. Somente em 2012, o faturamento do setor foi de R$ 24,12 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), representando uma elevação de 29% nas vendas, o que mantém a média de crescimento acima da casa dos 20%.
Além disso, segundo dados do e-bit, o país iniciou 2013 com 43 milhões de e-consumidores. Esse número era de 1,1 milhão em 2001.
No entanto, para chegar nesses números, que irão crescer cada vez mais, o comércio eletrônico passou por diversas fases. A primeira, quando ainda vivia grandes desconfianças dos clientes, a categoria mais vendida pelas lojas virtuais eram livros, CDs e DVDs.
Passado esse ponto, foi a vez dos eletroeletrônicos. Televisores, DVD players, notebooks e computadores, celulares e, até mesmo, geladeiras e fogões passaram a ganhar destaque, principalmente por conta dos preços mais baixos praticados no mercado online em relação ao varejo físico.
A terceira fase foi do consumo de moda online. Antes visto como improvável, uma vez que roupas e sapatos sempre dedicaram tempo na escolha, ainda mais para conferir os tamanhos, hoje, blusas, sapatos, camisetas e calças se tornaram frequentes nos carrinhos de compras.
Atualmente, uma nova tendência vem começando a ganhar espaço: a contratação de serviços. Filmes e entretenimento, ingressos para shows, cinemas e eventos esportivos, e, claro, pedidos de comida.
Sim, essa fase do e-commerce carrega uma grande mudança de cultura: o delivery começa a migrar do telefone para a web. E essa tendência foi puxada por grandes redes de fast food que abriram seus sites para a realização de pedidos, como Habib’s, McDonalds e China in Box.
Apesar do delivery online representar apenas 1% dos pedidos por telefone, mais de dois mil restaurantes e lanchonetes já estão atendendo no mundo virtual e romperam a barreira da insegurança no primeiro pedido. Quando falamos de alimentação, que tem um prazo crítico que varia entre 40 e 60 minutos para a entrega, na primeira oportunidade sempre há aquela tensão de saber se o pedido foi passado corretamente e se chegará no prazo.
Na Alemanha, por exemplo, onde o conceito já é bastante difundido, já são mais de 7,5 mil restaurantes online e 500 mil clientes. No Brasil, devemos caminhar para isso, e os números só tendem a crescer, com a transição do telefone para a web acontecendo mediante experiências positivas.
Cada pedido realizado pela internet entregue dentro do prazo, com a comida quentinha e gostosa, é um mais passo firme nessa direção. O e-commerce, seja de livros ou DVDs até a gastronomia online, de fato é um caminho sem volta para a nova geração.
Publicado também no E-Commerce News